Nos EUA e na Europa, a tendência é contrária, de baixa de juros. A semana de indicadores está esvaziada no Brasil

Por Misto Brasil – DF

O Ibovespa abriu a semana com baixa de 0,11%, aos 130.361,56 pontos, uma queda de 137,70 pontos, em um dia marcado basicamente pela oscilação.

Esta semana começa como terminou a anterior: muita oscilação e queda.

O movimento foi visto também no dólar, que oscilou e terminou com leve baixa de 0,14%, a R$ 5,69, e com os DIs (juros futuros), que flutuaram por toda a curva, terminado mistos.

O dia inteiro foi assim, segundo a avaliação do InfoMoney, num piscar de olhos, tudo mudava. Esta é a terceira baixa seguida do Ibovespa.

Nos EUA e na Europa, a tendência é contrária, de baixa de juros. A semana de indicadores está esvaziada e os investidores estão de olho nos balanços do 3T24.

Os índices em Nova York terminaram em queda, após os recordes históricos do S&P 500 e do Dow Jones na sexta (18).

A economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack diz que os incentivos fiscais têm assegurado o crescimento da economia e a redução do desemprego, mas a um custo muito alto. As “faturas”, afirma, começarão a chegar a partir de 2025.

A expansão fiscal tira um pouco de potência da política monetária, algo que é corroborado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Caio Megale, economista-chefe da XP, cita as medidas parafiscais como impulso às preocupações fiscais, que elevam os juros futuros (DIs).

Hoje, no Boletim Focus da semana, as projeções do mercado para PIB, inflação e Selic subiram. A pesquisa Firmus, com empresários fora do setor financeiro, mostra piora na percepção da inflação.

O IPCA-15 de outubro sai esta semana, mas a segunda prévia do IGP-M já deu uma ideia do que pode vir por aí. No campo político, as coisas seguem estagnadas, especialmente com a regulamentação da reforma tributária.