Os recursos, com destinos questionáveis, serviram para pagamentos de shows, construção de calçamentos e outras obras
Por Deolindo Aguiar – DF
Dando continuidade aos trabalhos com a finalidade de maior transparência da aplicação dos recursos das emendas Pix, a Controladoria Geral da União, CGU, está concluindo uma operação pente fino.
Para tanto, foram selecionados, considerando os últimos quatro anos, os municípios e estados que mais se beneficiaram com esse tipo de operação.
Dessa forma, a CGU vai disponibilizar informações de 22 governos estaduais e de 178 prefeituras espalhadas pelo país. Está em fase de conclusão os trabalhos solicitados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, STF, Flavio Dino.
A atribuição dessa tarefa lhe chegou às mãos por substituir a ex-ministra Rosa Weber, que estava tratando da demanda.
Caiu, portanto, no colo do ministro o assunto. Ele mandou suspender, no início de agosto, o desembolso de parte das emendas, liberando apenas as que já estavam em andamento.
Com a divulgação desse relatório, muita coisa podre pode aparecer.
Isso, sem dúvida, incomoda o Congresso Nacional, que, só antes da suspensão, aproveitando o período permitido pela legislação eleitoral, conseguiu que o Executivo liberasse R$ 4,5 bilhões, grande parte do início do mês de julho.
Os recursos, com destinos questionáveis, serviram para pagamentos de shows, construção de calçamentos e outras obras, além dos benefícios das ações. Será se houve desvio para o fundo de caixa dos candidatos?
Onde está o fio da meada? Vale a pena refletir.