Ricardo Salles e os “maconheiros baba-ovo”

Ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles
Salles não respondeu a um requerimento apresentado pela Comissão de Meio Ambiente da Câmara/Arquivo
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O futuro ministro de Meio Ambiente foi candidato a deputado federal pelo Partido Novo. No seu perfil no Twitter, Ricardo Salles pediu “mais liberdade para quem trabalha e tolerância zero para vagabundo”. Salles tem pouca intimidade com a pasta que vai chefiar, mas seus pensamentos se equiparam com o do grupo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Hoje, numa entrevista à Folha, Salles disse que “vamos preservar o meio ambiente sem ideologia e com muita razoabilidade. Respeitaremos todos aqueles que trabalham e produzem no Brasil, não só na agropecuária, mas todos os setores produtivos, inclusive na infraestrutura”.

Na sua última postagem, no dia 6 de outubro, um dia antes das eleições de primeiro turno Ricardo comentou: “É amanhã. Até aqui, foi tudo protesto. Agora, é a hora de agir. Vamos mostrar que você não aguenta mais essa cambada de maconheiro baba-ovo de bandido. Já deu o que tinha que dar”.

Pregou a “diminuição da Máquina Pública. O projeto é bem simples: vamos diminuir o tamanho do Estado. Vamos cortar cargos, acabar com Secretarias e Ministérios”.

Veja o que ele escreveu no site da Médium no dia 3 de outubro passado

O que aconteceu com o Brasil nos últimos 30 anos? A velha política esfarrapou nosso tecido social, que nos permitia ser uma nação decente. Família, trabalho, segurança, educação, saúde, política: não sobrou nada que não tenha sido depredado por essa gangue. Foi isso o que aconteceu com o Brasil.

Grande parte dos brasileiros aceitou se tornar dependente do Estado. Enquanto isso, os que acordam cedo todo dia para trabalhar são esmagados por impostos cada vez maiores, sejam patrões, sejam empregados.

Esse dinheiro sai do nosso bolso para sustentar funcionários públicos de alto escalão beneficiados por inúmeros privilégios, além de políticos que, no esconderijo do deserto chamado Brasília, armaram os maiores esquemas de corrupção de todos os tempos.

E não pode reclamar. O politicamente correto amordaçou o brasileiro. Onde foram parar os debates sérios sobre Segurança e Educação? Foram trocados por assuntos fabricados por ONGs e meio artístico: da legalização da maconha a banheiro unissex.

Saidinhas, indultos, progressão da pena, visita íntima: tudo isso ajudou a criar um sistema de impunidade geral, em que o policial, além de ganhar pouco e não ter boa estrutura de trabalho, ainda é visto como inimigo pela própria sociedade que ele tenta defender.

Nossa justiça foi aparelhada de cima a baixo. Garantias constitucionais passaram a ser usadas como pretexto para a impunidade e, o Senado, conivente com a indicação de nomes despreparados e com conexões com partidos e movimentos político-ideológicos.

Nem nosso interior escapou. Tentando proibir a caça ao javaporco, o esporte de laço, a exportação do boi em pé, e até o consumo de carne, a elite política ataca um dos poucos setores produtivos que seguram as pontas da nossa economia.

Isso é coisa de quem está preocupado com o que é melhor para o Brasil? Não. Isso é populismo, demagogia, ideologia de esquerda e compromisso com entidades internacionais.

Nós, que queremos o melhor para o Brasil, temos uma responsabilidade neste domingo: mostrar Tolerância Zero com essa corja que invadiu a política brasileira.

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