A semana começa com uma decisão a ser aguardada pelo presidente interino Michel Temer (PMDB). Se vale para um, também deveria valer para seu amigo, o ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB).
Suspeito de receber propina do esquema da Petrobras, Alves deverá ter um inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal a pedido da Procuradoria-Geral da República.
Essa solicitação foi feita em abril, mas mantida em segredo. Mesmo assim, o amigo de Temer foi nomeado ministro na mesma pasta que ocupava no governo Dilma Rousseff.
O ministro e ex-presidente da Câmara dos Deputados teria atuado para obter recursos desviados da Petrobras em troca de favores para a empreiteira OAS. Parte do dinheiro teria isso para financiar a campanha de Alves ao governo do Rio Grande do Norte, em 2014.
No mesmo pedido de investigação ao STF, segundo a Folha, constam os nomes de Michel Temer, o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Moreira Franco (secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimento).