Os sete congressistas eleitos para serem os “promotores” do processo de impeachment contra o presidente dos Estados Unidos da América Donald Trump leram ontem (16) as acusações feitas contra o presidente dos EUA no plenário do Senado. Na sequência, os 100 senadores que compõem a Casa foram investidos como jurados do julgamento de impeachment.
Trump é acusado de abuso de poder e obstrução dos poderes investigativos do Congresso. Em 18 de dezembro, as duas acusações votadas separadamente foram aprovadas com folga na Câmara, de maioria democrata.
O chefe de Justiça da Suprema Corte, John Roberts, acompanhou o juramento. Ele pediu aos senadores que apliquem a “justiça imparcial“. Com a leitura e o juramento, o processo está legalmente iniciado, mas os debates sobre o impeachment só começarão a ser realizados pelo Senado, controlado pelo Partido Republicano, na próxima terça-feira, dia 21 de janeiro.
Trump segue no cargo enquanto durar o processo. Nos EUA, o presidente só é afastado após o aval do Senado, responsável pelo julgamento do caso – ao contrário do Brasil, onde o chefe do Executivo é afastado temporariamente já após a votação na Câmara. A expectativa é que o processo seja barrado no Senado, com uma maioria republicana alinhada com o presidente. No Senado, são necessários dois terços dos votos para afastar o presidente. Os republicanos detêm 53 das 100 cadeiras da Casa.