Desde o início da semana o fato periférico se tornou o principal. É a confusão que atingiu suscetibilidades e caprichos e provocaram discussões públicas e na imprensa sobre o vazamento do “pedido singelo” de Dias Toffili, ministro do Supremo Tribunal Federal, ao empreiteiro Léo Pinheiro.
Na conversa num desses encontros festivos, Toffoli teria pedido um fator a Pinheiro que mandou uma equipe de engenheiros à sua mansão verificar um vazamento.
(Comenta-se à boca pequena que o vazamento acontecia nas cercanias do banheiro.)
Feito a vistoria, o ministro da Suprema Corte contratou trabalhadores e pagou do seu bolso. E quem não paga, não é mesmo? Nessa República tupiniquim, infelizmente quem está no poder arruma um jeito para que outros paguem suas despesas. Lula da Silva é um exemplo.
(O Judiciário já foi notícia em pedir pequenos favores, como viagens. E amizades algumas vezes fazem confundir a ética do trabalho e da sentença jurídica.)
Entra ai o periférico que pode implodir o principal, a Operação Lava Jato. Sim, Léo Pinheiro podia “abrir o bico” e detonar o resto dos poderosos que continuam a mamar na viúva. Pelo que se diz agora, o procurador-geral, Rodrigo Janot, vai jogar no lixo o que Pinheiro disse até agora. Pode?
A situação está tão confusa nos bastidores, que não é ingenuidade que o pequeno golpe acabe por encerrar esse importante capítulo da História sem que se tenha concluído.
O ambiente parece indicar nessa direção por conta das trapalhadas e do ego das autoridades. Se realmente isso acontecer, o Supremo Tribunal Federal, a Procuradoria-Geral da República e amilhados políticos atingem de morte um sonho real do brasileiro.
E ai iremos, sim, concluir que nessa terra não se leva nada a sério e que aqui é “casa da mãe Joana”. (Desculpe as joanas, não é nada com vocês, é só uma expressão.)