A Advocacia Geral da União não apresentou as provas segundo as quais as eleições presidenciais de 2018 foram fraudadas, conforme afirmou diversas vezes o presidente Jair Bolsonaro. Na manifestação (veja abaixo) apresentada à Justiça Federal do Ceará, a AGU afirma ser normais eventuais questionamentos sobre o processo eleitoral.
No início deste mês, o juiz federal no Ceará, José Vidal Silva Neto, deu cinco dias para a defesa de Jair Bolsonaro apresentar as provas por conta de uma ação popular protocolada no dia 30 de abril pelo deputado federal Célio Studart (PV-CE).
A AGU optou por apresentar estatísticas eleitorais e decisão recente envolvendo a então senadora Selma Arruda, cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder econômico – fato sem relação alguma como o questionamento sobre o sistema de votação.
No último dia 28 de abril, após ser cobrado pela imprensa em frente ao Palácio da Alvorada sobre a apresentação das provas, o presidente da República limitou-se apenas a dizer que o faria juntamente com um projeto de lei sobre o tema, sem mencionar qualquer data, além de ter alegado não ter obrigação de apresentá-las à imprensa.
Studart disse que ao continuar sem mostrar nada concreto que comprove suas acusações, o presidente influencia parcela do eleitorado que votará nas eleições municipais de 2020, ao colocar a confiança da Justiça Eleitoral e a segurança das urnas eletrônicas em xeque. “Além disso, é um detrator contumaz da transparência deste sistema”.