O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pediu demissão cargo na manhã desta 2ª feira (29.mar). Depois de se reunir com assessores, o chanceler foi até o Planalto, e conversou com o presidente Jair Bolsonaro sobre a situação no governo que ficou insustentável diante da polêmica com a senadora Kátia Abreu. O Planalto ainda não indicou quem vai substituir o chanceler, segundo informou o SBTNews. Atualizado às 12h49
No Palácio do Planalto, a informação é de que não havia mais como Araújo permanecer no governo depois dos ataques que fez à senadora Kátia Abreu (PP-TO). Há uma rebelião no Senado contra o agora ex-ministro. O governo teme que, com Araújo no governo, os senadores ponham em prática a CPI da Covid, que está na gaveta do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de acordo com o jornalista e blogueiro Vicente Nunes.
A lista de candidatos inclui os nomes de Nestor Forster, embaixador em Washington; Luiz Fernando Serra, embaixador em Paris; e Maria Nazareth Farani Azevêdo, cônsul-geral em do Brasil em Nova York. Também há a opção do almirante Flávio Rocha, que chefias duas secretarias do governo, a de Comunicação e a de Assuntos Estratégicos.
Enquanto isso, mais de 90 instituições internacionais católicas, entre as quais quatro bancos alemães, se uniram para manifestar publicamente oposição às políticas ambientais de Jair Bolsonaro. Nesta segunda-feira (29), o grupo entrega uma carta ao presidente brasileiro e a seu vice, Hamilton Mourão, pedindo ações concretas para proteger a maior floresta tropical do mundo e os povos indígenas.
“Como investidores, nós estamos usando os meios possíveis para exercer pressão contra a destruição da Amazônia e de seus povos tradicionais”, justifica Tommy Piemonte, da instituição financeira católica alemã Bank für Kirche und Caritas (BKC), em entrevista à DW.