Apesar da decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de não recomendar a importação excepcional da vacina Sputnik V, o governo russo disse que continuará o diálogo sobre o imunizante com o Brasil. Em declaração a jornalistas, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse nesta terça-feira (27): “Os contatos vão continuar. Se faltam alguns dados, eles serão entregues. Não deve haver dúvidas sobre isso.”
A vacina já foi aprovada em 60 países de diferentes continentes, com uma população de três bilhões de pessoas. O imunizante é o segundo com maior número de aprovações no mundo.No Twitter, a imunizante afirmou com todas as letras: “Os atrasos da Anvisa na aprovação do Sputnik V são, infelizmente, de natureza política e não têm nada a ver com acesso à informação ou ciência”, de acordo com a agência Sputnik.
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Ao mesmo tempo, a autoridade ressaltou que a “demanda [de vacinas] é muito grande no mundo e, por isso, todos os que estão envolvidos na [sua] produção estão sobrecarregados, e os que possuem contatos internacionais também trabalham de forma intensa para estabelecer a produção no exterior”.
As declarações do Kremlin surgem logo após a Anvisa, decidir ontem não recomentar a importação excepcional e temporária do imunizante russo. O órgão afirmou haver falta de dados sobre a vacina, em especial sobre o risco de doenças por falha na fabricação.
Anteriormente, na página oficinal da vacina Sputnik V no Twitter, foi feita uma publicação que diz que o comportamento da agência brasileira tem um caráter político.