Também a “flurona” está sendo investigada em outros países do Oriente Médio e na Europa
Pelo menos três estados brasileiros têm relatos de pacientes que apresentaram infecção simultânea de coronavírus e do vírus de gripe, o que tem sido chamado de “flurona” — uma junção das palavras “flu”, (gripe em inglês), com “corona”.
Nos últimos dias, outros países também registraram o fenômeno, detectado pela primeira vez nos Estados Unidos durante o primeiro ano da pandemia de covid-19. No Brasil, foram noticiados casos de flurona nos estados de Rio de Janeiro, Ceará e São Paulo.
No Rio de Janeiro, um adolescente de 16 anos testou positivo para as duas doenças. A família dele informou ter confirmado a infecção através de testes realizados em dois laboratórios particulares. Segundo informações da TV Globo, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio confirmou um segundo caso no estado.
No Ceará, foram contabilizados três casos desde dezembro, todos em Fortaleza, incluindo um bebê de um ano. Segundo a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), duas crianças estiveram internadas em unidades particulares sem agravamento do quadro clínico e já receberam alta. O terceiro paciente é um homem de 52 anos que não precisou de internação e cumpre isolamento.
O governo de Israel registrou um caso dessa infecção dupla do coronavírus e do vírus influenza numa grávida não vacinada. Ela recebeu alta em 30 de dezembro após ser tratada de sintomas leves derivados da infecção simultânea, segundo o jornal Times of Israel.
Especialistas do Ministério da Saúde israelense acreditam que haja casos semelhantes, ainda não identificados, quando o país registra quase 2 mil internações por gripe, enquanto os testes positivos para coronavírus da variante ômicron aumentam.
Na Hungria, o laboratório privado Neumann Labs identificou a presença de flurona em dois casos, ambos envolvendo menores de 30 anos, informou o jornal digital Népszava nesta terça-feira.
Na Espanha, os primeiros casos de flurona foram identificados na região da Catalunha. “Temos um ou outro caso, mas eles não representam uma diferença em relação aos outros. São poucos, são circunstanciais e não têm mais relevância”, explicou a diretora do Serviço Catalão de Saúde, Gemma Craywinckel, na segunda-feira, informou a DW.