Câmara terá novo presidente. E daí?

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A avacalhada Câmara dos Deputados provoca incômodo aos brasileiros devido ao comportamento inconveniente de boa parte dos seus integrantes que não param de produzir cenas inverossímeis, dignas de Rocambole, herói aventureiro criado pelo escritor Ponson de Terrail.

Depois de gerar uma gestação de crise, modelo estica-empurra de Eduardo Cunha, o poeta medieval da corrupção, que levou quase nove meses para se demitir da presidência da Casa, acuado que estava pela espada do Ministério Público e da Polícia Federal, a Câmara apresentou ao país o pitoresco e deleitoso Waldir Maranhão substituto imediato, figura caricata da política nacional.

Agora, às pressas, o parlamento tenta entregar o bastão que já pertenceu a Ulysses Guimarães para um dos sete candidatos oficiais ou a outros quatorze pretendentes que se reproduzem como coelhos em busca de seis meses e meio de fama como terceiro personagem mais importante na hierarquia republicana.

Enquanto isso, no Palácio do Planalto,  Michel Temer, o interino que assumirá de vez a presidência – salvo  um fato absurdo no Senado da República daqui a duas ou três semanas – acompanha com habilidade o que se passa no Congresso, bem diferente do jeito da antecessora, Dilma Roussef, que não gostava de político mas queria estar na política.

Mas política é para profissionais que não metem a mão em cumbuca, que não se trocam por um troco ou carro-forte com dinheiro sujo.

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