O texto apresentado pelo relator da CPI da Petrobras na Câmara, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), foi um primor de generalidades. Apesar dos fortes indícios de envolvimento de gente graúda da república petista e apoiadores, o relatório foi genérico.
O texto final pouco contribuiu para denunciar a fábrica de propina que se instalou dentro da estatal. Bem, passados meses da conclusão da CPI, surge a informação de que um delator da Operação Lava Jato disse que Luiz Sérgio trabalhou para que ele não viesse depor na Câmara.
É o lobista Zwi Skornicki que disse à Procuradoria-Geral da República, cuja homologação foi feita pelo ministro Teori Zawascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Com relação à participação de autoridades com prerrogativa de foro, o colaborador, em seus termos 11 e 13, afirmou que a empresa Keppel pagou parte da propina ajustada com João Vaccari (ex-tesoureiro do PT) em nome do Partido dos Trabalhadores para o deputado Luiz Sérgio Nóbrega de Oliveira. Este mesmo parlamentar teria intercedido para a não convocação do colaborador à CPI da Petrobrás”, afirma a Procuradoria, de acordo com o Blog do Fausto Macedo.
Teori destaca ainda outro trecho do requerimento do Ministério Público Federal.
“Embora o referido parlamentar não consta ainda no rol de investigados da Lava Jato, os fatos trazidos pelo colaborador impactam diretamente (pelo menos e por ora) a investigação em curso”, aponta o documento.