A equipe econômica assumiu um tom mais alarmista para defender a necessidade de o Congresso Nacional aprovar a reforma da Previdência. O novo discurso ocorre dias após o presidente Michel Temer ter cedido aos apelos políticos
Temer também abriu mão de importantes pontos da proposta original e que vão reduzir a economia de despesas em mais de R$ 100 bilhões em uma década, registra a Reuters.
Os ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Dyogo Oliveira (Planejamento), que participaram de um mesmo evento nesta segunda-feira, defenderam que, entre outros, se a reforma não for aprovada neste ano, direitos dos aposentados serão cortados num futuro próximo e a economia não se recuperará bem neste ano.
“Temos a oportunidade de fazer a reforma da Previdência sem cortar direitos“, afirmou Oliveira, acrescentando que, se ela for postergada por mais 2 ou 3 anos, essa “janela se fecha”.
E Meirelles não foi diferente: “a solução lá na frente será muito pior“, afirmou ele, ao se referir à necessidade de se aprovar a reforma agora.
Diante da constatação de que não teria condições de aprovar a reforma da Previdência como está, na semana passada o governo admitiu alterar a proposta em pelo menos cinco pontos mais sensíveis, que podem reduzir economia com ela em 115 bilhões de reais ao longo de 10 anos.
Também na semana passada, o governo piorou expressivamente a meta de déficit primário para o governo central em 2018, a R$ 129 bilhões.

