Uma “brima” do doleiro Carlos Habib Chater, que ficou famoso por ser preso no inicio à Operação Lava-Jato, a advogada Cláudia Chater foi o principal alvo da Operação Perfídia da Polícia Federal.
A investigação tem foco em esquema de lavagem de dinheiro, que em princípio pode ter girado US$ 5 bilhões somente em uma offshore. Carlos Habib vive em regime aberto e toca posto de combustíveis em Brasilia, o famoso posto da Torre, que não tem lava jato.
A Operação Perfídia, da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta segunda-feira (26), inicialmente na primeira fase prendeu um cidadão jordaniano com passaporte falso em agosto do ano passado. Assim, chegou prima do doleiro, Claudia Habib, suspeita de atuar no esquema de produção de emissão de demais documentos falsos. Segundo a PF, o esquema teria braços em várias áreas com uso de imóveis para lavar dinheiro.
Pelo menos 200 agentes federais ainda cumprem 103 mandados judiciais, sendo 55 de busca e apreensão e 46 de condução coercitiva. Além de Claáudia, foi preso temporariamente Edvaldo Pinto, um funcionário dela.
A organização criminosa realizava operações de câmbio não-autorizadas e forjavam compras de imóveis por meio de laranjas e falsificações de documentos. Anexo ao posto de combustível funcionava uma casa de câmbio suspeita de participar da lavagem de dinheiro do esquema.
Segundo a PF, o esquema de fraude era integrado por proprietários de postos de gasolina, agências de turismo, lotéricas, que faziam a compra fraudulenta de imóveis e bens para lavagem de dinheiro. Além da colaboração de advogados, contadores, serventuários de cartórios, empregados de concessionárias de serviços públicos e até de um servidor da Polícia Federal.