O ator Matheus Nachtergaele surpreendeu a plateia na abertura 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Ele passeou pelas poltronas, antes de subir ao palco, declamando texto em que celebrou a importância do festival e de Brasília para o audiovisual nacional.
“Cinquenta anos de cinema que explica, recria, inventa, contesta e amplia essa ilha que é Brasília”, discursou na performance. No final, fez um protesto político e foi acompanhado pela plateia.
O secretário de Cultura, Guilherme Reis, deu as boas-vindas aos presentes na abertura. Ele parabenizou a equipe envolvida na organização e levou a boa notícia ao público. Foram homenageados três diretores: Márcio Curi, Manfredo Caldas e Geraldo Moraes, que fizeram história na cinematografia local e morreram recentemente.
A maior homenagem da noite, com a medalha Paulo Emílio Salles Gomes, foi prestada a Nelson Pereira dos Santos. A condecoração está na segunda edição e foi entregue pelo crítico Jean Claude Bernardet, que a ganhou em 2016, e pelo cineasta Vladimir Carvalho. O homenageado paulistano não pôde comparecer. Receberam a honraria o filho e a neta dele, Diogo e Milla Dahl.
Um recado de Nelson foi lido no palco. Após dizer o quão honrado se sente, falou sobre o amigo que dá nome à medalha: “Companheiro daqueles tempos, em que criamos o curso de cinema da UnB [Universidade de Brasília]”.
O Cine Brasília seguirá com a programação do Festival de Brasília, que se desenrola até 24 de setembro. Entre as atrações, será dado início à mostra competitiva.