O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Gilmar Mendes, até que deu um prazo elástico para propor algo polêmico. Desta vez, nesta sexta-feira, (1) colocou na mesa nova discussão e uma uniformização a respeito de como deve proceder o juiz diante de pedidos de homologação de delação premiada.
Para ele, a revisao de procedimentos é inevitável. Gilmar se baseia no ministro Ricardo Lewandowski que informou à Procuradoria-Geral da República necessidade de ajuste de cláusulas, para que pudesse ser homologada a delação do marqueteiro Renato Pereira. Em depoimento, mostrou irregularidades nas últimas campanhas eleitorais do PMDB no município do Rio de Janeiro e no Estado do Rio de Janeiro.
“As colaborações premiadas são extremamente importantes, são relevantes e isso está provado, acho que é inegável. Agora, elas também vêm tendo problemas. E isso também parece inegável. Uma série de questionamentos. Recentemente, o ministro Lewandowski, em um despacho bastante fundamentado, apontou problemas que precisamos discutir”, disse Gilmar Mendes, durante evento do TSE referente à segurança do sistema eletrônico de votação para 2018.
Já quando foi indagado se as delações da JBS correm risco de serem anuladas, o ministro se esquivou. “Não tenho a menor ideia”, respondou rápido.