Recomendações do governo dos Estados Unidos sobre “perigos” como em cidades do Distrito Federal não é novidade. Os americanos costumam divulgar boletins que recomendam cautela a cidadãos americanos em todas as regiões do mundo. O alerta é de nível 2 (veja aqui), o mesmo que se aplica em algumas áreas da Espanha ou Alemanha, que estão mais propensas a ataques terroristas.
No caso do DF, a orientação de cautela é por conta da criminalidade urbana. São Sebastião, Santa Maria, Paranoá e Ceilândia devem ser evitados ao cair do Sol. A notícia, naturalmente, pegou mal principalmente entre as pessoas que moram nestas cidades. O governo distrital também reclamou: “Nas regiões vivem cerca de 600 mil habitantes que trabalham, estudam e convivem numa situação de absoluta normalidade.”
Max Maciel, coordenador da Rede Urbana de Ações Socioculturais (R.U.A.S), disse que o boletim americano e “um desrespeito. Eles pegam os dados frios de diagnóstico da Secretaria de Segurança e reproduzem uma desinformação do real cenário, igualando-nos a cidades que vivem conflitos sistêmicos, guerras, quando, o que existe são problemas estruturais”.
Evitar que viajantes de determinados países evitem zonas de perigo do Brasil não é nenhuma novidade. A França, Inglaterra e a própria Espanha já fizeram isso, como a ONU, que recomendou há alguns anos que seus funcionários tomassem cuidado no Plano Piloto do DF.