Entidades sindicais especialmente ligadas às carreiras típicas de Estado promoveram há pouco o enterro simbólico do texto da reforma da Previdência, que foi abandonado pelo governo Michel Temer por conta do decreto de intervenção no Rio de Janeiro. Enquanto a intervenção existir, o que deve ocorrer até o final do ano, nenhuma proposta de emenda à constituição pode ser votada no Congresso Nacional. É o caso da PEC da reforma da Previdência.
O presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), Floriano Sá Neto, comemorou a suspensão da tramitação da reforma. Disse que é uma vitória da mobilização dos servidores públicos e dos trabalhadores da iniciativa privada, que segundo ele, seriam prejudicados mesmo com o “enxugamento” do texto apresentado recentemente pelo relator Arthur Maia (PPS-BA).
A reforma da Previdência deixou de ser a prioridade do governo, segundo ministros e o próprio presidente da República. Ontem, foi apresentada uma lista de 15 outras sugestões que chegam em forma de projeto de lei ou medidas provisórias ao Congresso. Uma delas, é a privatização da Eletrobras. A comissão especial para apreciar o projeto foi criada hoje pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (Dem-RJ).