O governador Rodrigo Rollemberg disse esta manhã que a sua administração vai analisar a melhor forma de garantir o funcionamento do Hospital da Criança de Brasília José de Alencar. Ele lamentou que uma “referência” elogiada por entidades internacionais esteja sujeita a ser suspensa e cuja motivação seja ideológica de um membro do Ministério Público do Distrito Federal.

“O Hospital da Criança é a experiência de saúde pública mais linda que conheço. Sua gestão é séria, competente e reconhecida internacionalmente”, garantiu.

Rollemberg disse que o governo local “não tem condições” de assumir o hospital com a mesma qualidade demonstrada e “comprovada” pela população. “Vamos lutar para evitar a tragédia que seria a saída dos atuais gestores”.

Decisão do juiz Paulo Afonso Cavichili, da 7ª Vara da Fazenda Pública, concluiu que Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada (Icipe) não cumpriu os requisitos necessários à qualificação como organização social e à celebração do contrato de gestão não foram cumpridos. A sentença atendeu a um pedido do MPDFT.

Segundo noticiou o CB hoje, em cumprimento a uma decisão judicial emitida em dezembro, o Icipe decidiu deixar a gestão do Hospital da Criança, porque está proibido de participar de contratos com o poder público por três anos. Detalhe: não foi comprovada nenhuma malversação de dinheiro público.

O instituto e o Distrito Federal tentaram recorrer, mas o pedido de suspensão da sentença foi negado duas vezes. O processo segue em fase de recurso na segunda instância. 

Em nota, divulgada nesta sexta-feira (13), o instituto destacou que a condenação trata de “questões formais” e que não há “nenhuma suspeita ou acusação de má gestão de recursos públicos ou de falta de qualidade na assistência” prestada pelo HCB.