O PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, criou uma espécie de gabinete de crise na liderança no partido na Câmara. A ideia é organizar o time para a comissão especial da reforma da Previdência e evitar que cenas desarticulação política se repitam na nova etapa do processo de votação.
A comissão vai receber nesta quarta-feira (8) o ministro Paulo Guedes (Economia), que, quando esteve na Câmara no mês passado, foi chamado de “tchutchuca” pelo deputado Zeca Dirceu (PT-PR). O gabinete terá à disposição um técnico da equipe do governo para tirar dúvidas dos parlamentares e treinamento de mídia para os deputados.
A orientação é que os deputados do PSL segurem seus egos e trabalhem os temas de forma compartimentada, para que não se repitam em intervenções e não atrasem os trabalhos com discursos vazios para as redes sociais.
Na votação na Comissão de Constituição e Justiça no último dia 23, por exemplo, deputados da oposição chegaram a comemorar as manifestações da líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), acreditando que elas estavam atrapalhando o avanço da proposta.
A oposição, por usa vez, atuará para alongar os trabalhos e quer a realização de dezenas de audiências públicas nos Estados e em todas as capitais do país. Entre os requerimentos, há até mesmo a convocação para que a deputada estadual de São Paulo Janaina Paschoal (PSL) fale à comissão. (Do BuzzFeed News)