A implantação do modelo cívico-militar (ou gestão compartilhada) provocou a demissão do secretário da Educação, Rafael Parente. A exoneração a pedido aconteceu ontem à noite após o secretário criticar o posicionamento do governador Ibaneis Rocha, que não quer respeitar o resultado da eleição que não aprovou a implantação do sistema em duas escolas. A votação aconteceu no sábado em cinco escolas.
A chefia da pasta da Educação será ocupada interinamente pelo secretário do Trabalho, João Pedro Ferraz. É provável que o substituto acabe ficando no cargo definitivamente. E talvez seja criada uma subsecretaria para tratar exclusivamente do modelo cívico-militar.
“Eu havia avisado que, se não houvesse retorno, se não ouvissem a comunidade como haviam prometido, eu abriria mão de meu cargo. Acho que ele (Ibaneis) foi longe demais com a decisão de atropelar a gestão democrática”, disse Parente ao CB ontem.
Nota de Parente no Twitter
Agradeço ao Governador Ibaneis pela oportunidade e pelo favor em me exonerar. Eu não voltaria atrás. Minha palavra, a minha integridade e os meus valores (inclusive democráticos) são o que tenho de mais valioso na minha vida. Agradeço a todos, muito, por todo carinho!