Polícia apreende mais de R$ 600 mil com servidores da Receita Federal presos

Dinheiro apreendido Receita Federal
Pirâmides com uso de criptomoedas tem rendido muito dinheiro para os falsários/Reprodução/Polícia Federal
Compartilhe:

Uma operação conjunta da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Receita Federal deflagrada hoje (2) no Rio de Janeiro prendeu 11 pessoas suspeitas de participar de um esquema de servidores da Receita Federal que cobravam propinas para evitar multas e custos tributários. Foram emitidos 14 mandados de prisão, mas duas pessoas estão no exterior e uma encontra-se foragida.

Segundo a polícia, as investigações apontaram que os suspeitos tentaram obter vantagens junto aos réus da Operação Lava Jato. Ao detalhar o esquema, os órgãos envolvidos reforçaram em diversos momentos que os servidores não participavam diretamente das investigações da força-tarefa da Lava Jato no Rio. A atuação se restringia a calcular fatos tributários descobertos pelos investigadores depois que essas informações já haviam se tornado públicas, segundo a Agência Brasil.

O superintendente regional em exercício da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Tacio Muzzi, destacou que, “em relação à Operação Lava Jato, não teve qualquer mácula”. A operação de hoje contou 150 policiais federais e encontrou centenas de milhares de reais em espécie em diversos endereços ligados aos investigados. Inicialmente, havia 39 mandados de busca e apreensão, mas outros dois foram emitidos ao longo do dia.

O corregedor da Receita Federal, Christiano Paes Leme, disse que também serão abertos processos administrativos contra os servidores suspeitos de corrupção, que poderão ser exonerados e impedidos de voltar ao serviço público no futuro, mesmo se aprovados em concurso.

Há pouco, O Globo informou que na casa do ex-auditor fiscal Elizeu Marinho , foram apreendidos mais de R$ 100 mil em espécie. Mais de R$ 80 mil em espécie foram encontrados na casa de Sueli Gentil , mãe do auditor Daniel Monteiro Gentil . Os três são alvos de pedidos de prisão preventiva na operação deflagrada nesta quarta-feira. Mais de R$ 20 mil, também em espécie, foram encontrados na casa do auditor fiscal Alberto Zile , cujo endereço foi alvo de mandado de busca e apreensão. A PF também informou ter encontrado U$ 23 mil (cerca de R$ 95 mil, na cotação atual) em outro endereço onde foram realizadas buscas.

Somente no escritório do tio de Marco Aurélio Canal (supervisor nacional da Equipe Especial de Programação da Lava-Jato), os agentes encontraram ao menos R$ 300 mil. Há um cofre a ser aberto nesse mesmo escritório.

Canal cobrou, segundo as investigações, R$ 4 milhões para evitar a cobrança de auto de infração em desfavor da Federação das Empresas de Transporte do Rio de Janeiro (Fetranspor). O auditor fiscal foi preso preventivamente pela PF nesta quarta-feira.

Informativo Misto Brasil

Inscreva-se para receber conteúdo exclusivo gratuito no seu e-mail, todas as semanas

Assuntos Relacionados

DF e Entorno

Oportunidades





Informativo Misto Brasil

Inscreva-se para receber conteúdo exclusivo gratuito no seu e-mail, todas as semanas