Deputados do DF dizem que há dois governos na crise do coronavírus

Bolsonaro e Mandetta
Relação entre o ministro e o presidente está se tornando cada vez mais insustentável/Arquivo/PR
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O deputado Luís Miranda (DEM-DF) sugere que há dois governos no combate ao novo coronavírus. Um deles é a do ministro Luiz Mandetta (Saúde) e o outro é do presidente Jair Bolsonaro. “O próprio presidente é contra o isolamento. Isso acaba causando divisão e confusão na sociedade. Quem devo ouvir?”

A pergunta feita pelo parlamentar é uma resposta a uma avaliação solicitada pelo site sobre como ele vê o governo no combate à pandemia. O deputado Professor Israel (PV-DF) tem uma opinião muito parecida. Ele também diz que há dois governos, um liderado por quatro ministérios, que ignoram o comportamento presidencial, e um governo ideológico, “que segue a linha de comando do presidente, mas que efetivamente perdeu o poder”.

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“As ações do governo têm sido insuficientes e ele só age por pressão do Congresso e da opinião pública”, completa o parlamentar.

A deputada Flávia Arruda (PL-DF) observa que a situação é muito crítica, onde não há espaço para desencontro de informações. “A resposta que a população quer e merece é equilíbrio, sensatez, cooperação e responsabilidade”.

Miranda afirmou que o “Mandetta tem feito um trabalho extraordinário à frente do Ministério da Saúde. Mostrando total domínio para lidar com a crise. Eu entendo que precisamos seguir as orientações das autoridades em saúde para ter forças mínimas para sair dessa pandemia”.

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Professor Israel diz que o relacionamento do governo com o Congresso é praticamente inexistente. “O Congresso age de acordo com a responsabilidade que traz nas costas, e ignora o presidente da República, porque entende que não dá pra debater com alguém que está fora das suas faculdades mentais”.

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Flávia Arruda aponta os recursos já aprovados pelo Congresso Nacional. “Aprovamos a PEC do Orçamento que garante que o governo invista R$ 700 bilhões” e medidas que “amparam a população com o auxílio emergencial”. E diz que apresentou projeto que destina parte da cota dos gabinetes, recurso de mais de R$10 milhões mensais. “Também propus a extensão de mais quatro meses do seguro desemprego”.

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