O ministro da Saúde, Luiz Mandetta, afirmou agora há pouco que permanecerá no cargo. Numa entrevista que o site transmite ao vivo, ele admitiu que que “nós vamos continuar”. Disse que o “nosso inimigo tem nome e sobrenome: é Covid-19”. Ele participou no final do dia de uma reunião ministerial convocada às pressas pelo presidente Jair Bolsonaro. A inversão da demissão teria ocorrido por pressões de políticos e, especialmente, da cúpula militar das Forças Armadas.
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Sem citar diretamente as relações com o presidente Bolsonaro, que disse que iria demiti-lo, Mandetta afirmou que as “críticas vem para trazer dificuldades”. Numa de suas reflexões, o ministro disse que “infelizmente começamos com mais um solavanco”. A entrevista foi acompanhada presencialmente por deputados que apoiam a sua permanência no cargo, de representantes de entidades e de muitos assessores.
“Hoje foi um dia que rendeu muito pouco trabalho no ministério. Agradeço a solidariedade. Gente limpando as gavetas. Até as minhas gavetas. Nós vamos continuar. Um médico não abandona paciente”, repetiu o que já disse na semana passada, quando afirmou que não pediria demissão.
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Numa manifestação sem responder a perguntas, Luiz Mandetta afirmou que o governo se reposiciona em ter mais união, mais foco. Então vamos retomar o serviço” e mais uma vez falou sobre a necessidade do isolamento social. “Essa movimentação vai levar o vírus para as populações, para as grandes concentrações urbanas. Vida é vida. Eles precisam ter condições de ser atendidos. Saída muito primitiva, que é o isolamento”.
Disse também que no final de semana foi de muita reflexão. Fui ler o “Mito da Caverna”, de Platão. Li quando tinha 14 anos, e continuo sem entender. Sobre a situação da pandemia no Brasil, observou que “está dentro do número de casos, temos dificuldades de testes, de logística, porque nem logística internacional está completa”.