Texto de Vinícius Lisboa
O impacto das medidas adotadas para conter a pandemia do novo coronavírus nas operadoras de turismo brasileiras já soma R$ 3,9 bilhões em adiamentos e cancelamentos de viagens, que já passam de 90% até maio. Os dados foram divulgados hoje (14) pela Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), que pede a implementação rápida de políticas públicas de apoio ao setor turístico.
Metade das empresas do setor acredita que a retomada das vendas se dará ainda em 2020. Uma parcela de 12% aposta que a recuperação pode ocorrer até o mês de julho, e 36% vê o segundo semestre como momento de retomada.
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As operadoras de turismo são empresas que montam pacotes e programas de viagens que são comercializados pelas agências, e a perda contabilizada em 2020 já equivale a cerca de 25% de todo o faturamento das operadoras em 2019, que foi de R$ 15,1 bilhões.
Segundo o balanço, 90,4% dos embarques programados para março foram adiados ou cancelados. O percentual sobe para 96,2% se considerados os embarques de abril e abrange 94,2% das viagens marcadas para maio.
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A pesquisa da Braztoa aponta que 10% dos trabalhadores das operadoras de turismo foram demitidos entre 29 de fevereiro e 31 de março. As demissões somam 642 pessoas, segundo a associação. O percentual de empresas que planeja demitir em abril chega a 45%, enquanto 55% declararam que não farão cortes.
(Vinícius Lisboa trabalha na EBC)