A Frente Nacional dos Prefeitos, que reúne os gestores municipais das capitais, pediu nesta tarde a demissão do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Em nota divulgada há pouco os prefeitos criticam a falta de vacinas contra a Covid-19. O imunizante que já foi distribuído de forma precária nos últimos 30 dias, já começa a faltar em diversas cidades. Atualizado às 17h49
Em depoimento na semana passada no Senado Federal, Pazuello prometeu vacinar toda a população até o final do ano. Até junho, segundo ele, a metade dos brasileiros já estariam imunizados. O depoimento do ministro não convenceu os senadores e há uma possibilidade de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o Ministério da Saúde sobre o tratamento que tem dado para controlar a pandemia.
Os prefeitos afirmam que o Brasil não soube lidar com a pandemia. ficou acordado que a cada 10 dias o ministro se reuniria com a comissão de prefeitos. Desde então, passados mais de 30 dias, nenhum agendamento foi feito. “Ficou acordado que a cada 10 dias o ministro se reuniria com a comissão de prefeitos. Desde então, passados mais de 30 dias, nenhum agendamento foi feito“.
Hoje, o Ministério da Saúde assinou na segunda-feira (15) o contrato com o Instituto Butantan para a compra de 54 milhões de doses da vacina Coronavac. Agora, as 54 milhões de doses se somam às 46 milhões já adquiridas pela pasta junto ao instituto, totalizando 100 milhões de doses da CoronaVac para o governo federal, que devem ser entregues até setembro.
O Distrito Federal já recebeu três remessas da vacina CoronaVac – produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac -, totalizando 162.560 doses. Também foram recebidas 41,5 mil doses da vacina Covishield – desenvolvida pela universidade inglesa de Oxford, com a farmacêutica sueco-britânica AstraZeneca. Até o momento receberam a primeira dose do imunizante 57.813 trabalhadores da saúde, tanto da rede pública quanto da rede particular, segundo informou a Secretaria da Saúde.
Nota dos prefeitos
Os sucessivos equívocos do governo federal na coordenação do enfrentamento à COVID-19, e também na condução do Plano Nacional de
Imunizações, estão diretamente ligados à escassez e à falta de doses de vacinas em cidades de todo o país. Que o Brasil não soube lidar com a pandemia, não restam dúvidas, mas, prefeitas e prefeitos, que sempre solicitaram e incentivaram a organização nacional, agora exigem respostas.
É urgente que o país tenha um cronograma com prazos e metas estipulados para a vacinação de cada grupo: por faixa etária, doentes crônicos,
categorias de profissionais etc. Disso depende, inclusive, a retomada da economia, a geração de emprego e renda da população.
A Frente Nacional de Prefeitos (FNP) solicitou, no dia 14 de janeiro, em reunião entre o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e mais de 130 governantes das médias e grandes cidades do país, encontros para o acompanhamento das imunizações no país. Na ocasião, ficou acordado que a cada 10 dias o ministro se reuniria com a comissão de prefeitos. Desde então, passados mais de 30 dias, nenhum agendamento foi feito.
Por isso, a FNP reitera que não é momento para discutir e avançar com a pauta de costumes ou regramento sobre aquisição de armas e munições. Isso é um desrespeito com a história dos mais de 239 mil mortos e uma grave desconsideração com a população. Prefeitas e prefeitos reafirmam que a prioridade do país precisa ser, de forma inequívoca, a vacinação em massa.