Os prejuízos de 8,3 mil servidores e centenas de herdeiros ultrapassam atualmente a R$ 14 milhões
Associados do Sindicato dos Empregados de Serviços de Saúde do Distrito Federal (SindSaúde) realizaram hoje (10), a primeira reunião para definir a estratégia para reaver os precatórios do INSS coletivo e da alimentação. O tema é bastante polêmico, pois a atual diretoria da entidade é acusada de supostamente ter enganado os filiados com direito a este dinheiro.
A questão envolve os interesses de 8,3 mil servidores, muitos dos quais já falecidos. Os precatórios judiciais estão calculados atualmente em R$ 14 milhões. O servidor Amarildo Carvalho informou que pensionistas e herdeiros têm direito de resgatar o dinheiro dos precatórios, assim como os servidores ativos e aposentados da Secretaria da Saúde que estão sindicalizados ao SindSaúde.
A preocupação de um calote, segundo eles, é um pesadelo, como disse Marli dos Santos, técnica de enfermagem, com mais de 45 anos de sindicato, “Sindicatão” e SindSaúde. “Eu tinha tíquete alimentação foi para o precatório, quando eu fui falar, procurar no SindSaúde não tinha mais nada”.
A técnica de enfermagem do Hospital Materno Infantil (HMIB), Sueli Torres Alves da Silva, lembra que é sindicalizada, aposentada e que a sua mãe morreu há 18 anos sem receber o seu direito.
“Os precatórios tanto o meu quanto o dela foram vendidos para Cia Toy pela atual diretoria, a Marli Rodrigues. Na época que eu tinha olhado, sem correção o valor era de R$ 43 mil, uma coisa assim. E a minha mãe, R$ 29 mil e alguma coisa. Ela trabalhou mais de 30 anos, fundou a Fundação Hospitalar”.
Situação similar vive Raniere Rodrigue Morais, que é herdeiro da mãe falecida, em 2018. “Eu, até agora, luto para tentar receber o que ela não conseguiu receber. Ainda em vida, ela assinou uma procuração, onde o SindSaúde informou que mesmo com a morte dela o herdeiro poderia receber. Isso o SindSaúde não precisava nem declarar. O valor é acima de R$ 30 mil, segundo eu consegui apurar, o valor é de um cálculo antigo, sem correção”.