Havia um pedido de investigação contra os dois por aplicação de dinheiro em paraísos fiscais
O ministro Dias Toffoli do Supremo Tribunal Federal (STF) arquivou pedidos de investigação contra o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, no caso de suas empresas em paraísos fiscais.
Toffoli descartou as notícias-crime apresentadas contra Guedes pelo senador Randolfe Rodrigues e por um grupo liderado pela Abed (Associação Brasileira de Economistas pela Democracia). As ações solicitavam que o STF pedisse à Procuradoria-Geral da República (PGR) a apuração do caso. Esse pedido de investigação apresentado pelo senador também incluia Campos Neto, informa a Folha de São Paulo.
Normalmente, os membros do Supremo Tribunal encaminham esse tipo de apresentação para a PGR, mas Toffoli decidiu, por si mesmo, arquivar os pedidos em causa. Como justificação de tal decisão, Toffoli rematou que cabe exclusivamente ao procurador-geral da República solicitar abertura de inquérito contra autoridades com foro por prerrogativa de função.
A revelação de que Guedes e Campos Neto manteriam dinheiro em paraísos fiscais teve lugar em 3 de outubro deste ano, após a publicação do relatório investigativo Pandora Papers.