A senadora pelo PDT do DF disse que assinou o requerimento para a criação da comissão de investigação
Nesta terça-feira (05) três prefeitos confirmaram denúncias de corrupção na gestão de Milton Ribeiro no Ministério da Educação (MEC). As declarações foram dadas durante as oitivas na Comissão de Educação do Senado.
Eles afirmaram ter recebido de dois pastores evangélicos pedidos de propina para facilitar a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Confirmaram as denúncias de corrupção os prefeitos Gilberto Braga, de Luís Domingues (MA); José Manoel de Souza, de Boa Esperança do Sul (SP); e Kelton Pinheiro, de Bonfinópolis (GO). Negaram ter recebido pedidos de propina Calvet Filho, prefeito de Rosário (MA), e Hélder Aragão, de Anajatuba (MA).
Há pouco, a senadora Leila Barros (PDT-DF), disse que assinou o requerimento para criação de uma CPI para investigar a liberação de verbas do FNDE. “O Congresso Nacional tem o dever Constitucional de apurar e esclarecer o caso, que é muito grave”, segundo a senadora.
Leila Barros afirmou que o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, “esquivou-se de prestar informações” à Comissão de Educação do Senado. “Considero uma temeridade o Ministério da Educação realizar hoje o pregão para a aquisição de ônibus escolares financiados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), mesmo depois das denúncias de sobrepreço”.
Durante a reunião desta manhã, o presidente da Comissão, senador Marcelo Castro (MDB-PI), anunciou o cancelamento, pelo Tribunal de Contas da União, de um pregão do FNDE para a compra de mais de 3 mil ônibus escolares para a rede pública em zona rural. Há suspeita de sobrepreço no valor previsto para a compra — R$ 480 mil por unidade, ante uma estimativa de que cada ônibus custe R$ 270 mil no mercado.