Sabrina Durigan Marques, do Ceub, disse que ver mulheres em espaços e cargos de poder serve de incentivo
A especialista em Direito Público e professora de Direito Eleitoral no Centro Universitário de Brasília (Ceub), Sabrina Durigon Marques, acredita que o voto feminino nestas eleições pode fazer a diferença. Podem votar em outubro 77 milhões de mulheres, o que representa 53% do eleitorado nacional.
“Em 2009 a Lei nº 12.034 previu a cota de 30% de candidatura para mulheres, porém, não basta prever cotas se não há investimento na campanha”, observa.
“O critério de representatividade pode ser muito mais amplo. Ele envolve elementos políticos, como as pautas defendidas pelas candidatas, entre outros aspectos. É possível, inclusive, que uma mulher se sinta mais bem representada pelo programa político de um candidato, e não de uma candidata, é comum que ocorra se há identificação com a proposta política, e isso é absolutamente normal, é parte do jogo democrático que a mulher seja livre para votar em quem quiser”.
Sabrina afirma que é imprescindível que seja ampliado o espaço de poder das mulheres em todos os campos, “não somente no político, pois, certamente, ver mulheres em espaços e cargos de poder serve de incentivo e estímulo a outras meninas e mulheres”.
Anny Gabriele é uma dessas jovens mulheres que irão votar pela primeira vez. “Assim que completei a maioridade providenciei o título de eleitor. Acredito que a consciência de um voto bem pensado é o que realmente traz representantes políticos com ideais equiparados aos nossos”, conta.