Reeleição coloca Macron sob pressão na França

França Emmanuel Macron reeleito Misto Brasilia
Macron faz o discurso da vitória contra Le Penno centro de Paris/Arquivo/Le Parisien
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Ele disse no seu discurso de vitória que os próximos cinco anos não serão uma continuidade

O presidente francês reeleito, Emmanuel Macron, fez seu discurso da vitória na noite deste domingo (24/04), pouco menos de duas horas depois de as primeiras estimativas lhe darem a vitória sobre a extremista de direita Marine Le Pen, com 58% dos votos.

Ele prometeu “escutar o silêncio dos abstencionistas” e responder às razões da “cólera” daqueles que apoiaram sua rival, para tentar curar as feridas do país, informou a DW.



“Desde agora, não sou mais o candidato de um lado, mas o presidente de todas e de todos”, afirmou o centrista, em meio a pedido de que os apoiadores não vaiassem a candidata derrotada.

Macron disse ter consciência de que muitos dos que foram às urnas neste domingo e o ajudaram a se reeleger não votaram em favor de seus projetos ou para apoiá-lo, mas, sim, “para barrar as ideias da extrema direita” e prometeu governar também em favor deles e por “mudanças profundas”.

O presidente reeleito disse que os próximos cinco anos de mandato não serão uma continuidade de seu governo, mas tempos “de uma invenção coletiva, de um método refundado”, em que a França se tornará uma grande nação ecológica, que respeita as diferenças.



“Cada um de nós terá uma responsabilidade nisso, terá que se engajar nesse projeto”, afirmou Macron.

No discurso, ele ressaltou que seu governo batalhará por uma sociedade mais justa e pela igualdade entre homens e mulheres. Ele afirmou que seu governo será “exigente” e ambicioso” e que ” há muito a fazer”.

Macron também chamou atenção dos cerca de 28% que se abstiveram de votar, dizendo que “seu silêncio é uma negação ao direito de responder”.



Anos difíceis pela frente

Segundo Macron, a guerra na Ucrânia “está aí para nos mostrar que estamos atravessando tempos difíceis”.

“Os anos que virão com certeza não serão tranquilos, mas serão históricos, e juntos poderemos escrevê-los para as novas gerações”, destacou, afirmando que é hora de a França “mostrar a sua força”.

“O país está cheio de dúvidas, de divisões, e será necessário ser forte, mas ninguém será deixado ao longo do caminho”, destacou.



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