No primeiro julgamento, que foi anulado, Antério Mânica foi condenado a 100 anos de prisão
Começou hoje (24) o julgamento do ex-prefeito da cidade mineira de Unaí, no Entorno do Distrito Federal. Antério Mânica volta a ser julgado no Tribunal do Júri de Justiça. O fazendeiro é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ser o mandante da “Chacina de Unaí“.
Ele havia sido condenado a 100 anos de prisão em 2015, por ter mandado matar três fiscais do Ministério do Trabalho e o motorista, que trabalhavam em Unaí em 2004. Em 2018, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região acatou o recurso da defesa, que alegava falta de provas por parte da acusação. O julgamento de primeira instância, então, foi anulado.
De acordo com a acusação, um veículo igual ao da esposa de Mânica teria sido visto durante um encontro entre os executores dos assassinatos e os intermediários da chacina. O motorista do grupo, William Gomes, que foi condenado pela participação nos assassinatos, confirmou a informação em depoimento à Polícia Federal.
O MPF também alegou que Antério Mânica – que é irmão do também fazendeiro Norberto Mânica, que foi condenado pelos assassinatos – tinha uma posição de liderança sobre os irmãos e já havia reclamado da atuação dos auditores do trabalho na própria fazenda, registra o site de O Tempo.
A defesa de Antério Mânica alegou, na época, que várias pessoas da cidade tinham carros iguais ao da esposa. Além disso, Norberto Mânica confessou a participação nos crimes no julgamento no TRF1 e disse que o irmão é inocente.