A deputada também vai disputar com Izalci Lucas o direito de ser candidata pela federação PSDB-Cidadania
A federação PSDB-Cidadania tem a partir da noite de hoje (19) dois pré-candidatos ao governo do Distrito Federal. A deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) anunciou pelas redes sociais que vai concorrer ao Palácio do Buriti.
“Aceitei com muita responsabilidade e seriedade a decisão da federação PSDB-Cidadania de me lançar como pré-candidata ao Governo do Distrito Federal”, disse Paula no Instagram e no Twitter.
A decisão acaba coma s negociações em torno da pré-candidatura do senador Antonio Reguffe, que não vai mais contar com a parceria da parlamentar. A própria Paulo Belmonte já tinha sido anunciada como candidata a vice-governadora na chapa majoritária.
Sobre a novidade da noite, Reguffe afirmou que “não muda nada, continuo com a minha candidatura”. No caminho de um encontro político no Gama, ele disse que vai continuar com as negociações com outros partidos, e citou o PDT da pré-candidata Leila Barros. A senadora foi cogitada para compor a chapa com Ciro Gomes à Presidência da República.
Nas tratativas com o Cidadania, o grupo teria a participação de seis partidos. Com a divisão, Reguffe fica a princípio com o União Brasil e o Podemos. Do lado de Paula Belmonte, as negociações envolvem pelo menos seis partidos, segundo disse esta noite Luís Felipe Belmonte, que preside o PSC distrital. “Chegou a hora, a federação não quer ser vice”, comentou por telefone.
Convenção deve escolher uma candidatura única
A declaração de Paula Belmonte nas redes sociais é o ápice de duas situações que se prolongam por alguns meses. A primeira é a notória indecisão de Reguffe em torno do anúncio de sua candidatura. Para os parceiros do grupo da frente, o senador demorou demais na decisão e criou muita insegurança nos partidos.
A segunda situação é o confronto aberto com o senador Izalci Lucas (PSDB), que desde o ano passado se lançou ao Buriti. O enfrentamento pelo controle da federação colocou os dois parlamentares em lados opostos. O confronto deve ser definido no próximo dia 30, quando está marcada a convenção partidária da federação PSDB-Cidadania.
Dois aspectos devem permear a escolha da candidatura única. A primeira é a posição dois dois pré-candidatos nas pesquisas eleitorais. A segunda é o apoio de partidos, conforme prevê o artigo 39 da federação. Em resumo: quem tem mais apoio, lidera a campanha.
Numa declaração encaminhada por sua assessoria, Izalci Lucas garantiu que a federação decidiu lançar uma candidatura própria, o que é um movimento importante para a indicação do meu nome porque sempre fui contra a ideia de apoiar outra candidatura ao governo. Continuo candidato ao governo pela Federação”.