A audiência de custódia do ex-ministro da Justiça e Segurança terminou há pouco. Ele está preso
Por Welton Máximo – DF
O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres passou por audiência de custódia no começo desta tarde.
Ainda não foi confirmado se o preso será transferido para a Papuda, permanecerá no quartel da PM ou seguirá para a superintendência da Polícia Federal para cumprir a prisão. A possibilidade de liberdade é bastante remota.
Ele foi levado do Aeroporto de Brasília para o Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar no Guará. Neste momento, às 15h36, a informaçào é que o ex-ministro continua no local. A audiência por teleconferência já terminou.
,A audiê4ncia foi presidida pelo desembargador Airton Vieira, magistrado instrutor do ministro do Supremo Tribunal Federa;.
Torres, que é delegado da Polícia Federal, chegou ao aeroporto de Brasília por volta das 7h25, vindo num voo comercial que embarcou de Miami por volta das 23h30 de ontem (13). Uma hora após o desembarque, vários comboios policiais saíram do aeroporto, mas o destino do ex-ministro só foi confirmado quase duas horas mais tarde, por volta das 10h30.
O ex-ministro teve a prisão determinada na última terça-feira (10) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a pedido da PF. Na quarta-feira (11), a corte validou a decisão, por 9 votos a 2.
Anderson Torres é acusado de omissão e de facilitação para os atos terroristas em Brasília, no último domingo (8), que resultou na invasão do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF.
A situação de Torres se complicou após a Polícia Federal ter encontrado, em sua casa, uma minuta de decreto de estado de defesa a ser cumprido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Desde que o presidente Lula da Silva foi eleito em segundo turno, no final de outubro, apoiadores do ex-presidente Bolsonaro demonstram inconformismo com o resultado do pleito e pedem um golpe militar no país, para depor o governo eleito democraticamente.
As manifestações dos últimos meses incluíram acampamentos em diversos quartéis do país e culminaram com a invasão e depredação das sedes dos três poderes, no domingo passado.