Estudo do centro SoU_Ciência indica que 2,3 milhões abandonaram os cursos superiores em 2021

Por Misto Brasília – DF

A evasão escolar entre as universidades privadas e públicas são bem diferentes, segundo os dados do centro SoU_Ciência, da Unifesp. Em 2021, 2,3 milhões de estudantes abandonaram os cursos superiores.

A evasão nas instituições é anterior e vai além das consequências da pandemia da Covid-19, que começou em 2020. A perda de estudantes nas instituições privadas é quatro vezes maior que nas públicas.

A avaliação é dos coordenadores do SoU_Ciência, Maria Angélica Minhoto, Soraya Smaili e Pedro Arantes

O último ano da série histórica (2021) mostra que a taxa de evasão chegou a 38,8% nas instituições privadas. E equivale a uma perda de 2,19 e milhões de estudantes. Nas instituições públicas, a perda representou 165 mil graduandos, com a taxa de evasão a 9,4%.

Os dados da pesquisa divulgados hoje (06), mostra que o comportamento das taxas de evasão de instituições públicas e privadas nos últimos 5 anos (2017-2021), apresenta tendências bem diferentes. A evasão de estudantes acomete desigualmente as particulares. Os dados de 2022 ainda não estão disponíveis.

Os pesquisadores identificaram uma tendência de crescimento contínuo da taxa de evasão nas instituições privadas desde 2017, tendo sofrido uma elevação pronunciada no ano de 2018 (ascendendo quase 4 pontos percentuais), antes, da pandemia.

Nas universidades públicas, a taxa permaneceu constante entre 2017 e 2019 (16,5%), sofreu uma elevação significativa em 2020 (21,8%), quando teve início a pandemia, mas apresentou uma queda importante no ano seguinte (9,4%).

Depois do impacto inicial, a atuação das instituições públicas foi eficiente para conter os danos da pandemia sobre a permanência estudantil. Um dos motivos seria condições um pouco mais adequadas de acolhimento dos estudantes, apoio e manutenção dos professores e à continuidade dos estudos.