Ainda não foi confirmada publicamente a entrega de equipamentos letais para a Rússia
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, não deixou dúvidas sobre qual será a reação dos Estados Unidos caso a China decida entregar armas à Rússia.
Se Pequim apoiar a guerra de agressão contra a Ucrânia com equipamentos letais ou se evadir de sanções sistematicamente para ajudar Moscou, “isso seria um problema sério” para os dois países, garantiu Blinken após uma reunião de ministros das Relações Exteriores do G20 na Índia, na quinta-feira.
Blinken afirmou que já havia deixado clara essa posição ao principal diplomata da China, Wang Yi, à margem da Conferência de Segurança de Munique, em fevereiro, segundo divulgou a Agência DW.
“Deixei claro que haverá consequências para esse tipo de ação. Não vou entrar em detalhes, mas é claro que temos sanções de vários tipos que estão definitivamente entre as coisas que nós e outros [países] consideraremos”, afirmou, salientando que as preocupações quanto às entregas de armas letais são compartilhadas também por outras nações.
O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, também apelou à China para não fornecer armas à Rússia.
“Use sua influência em Moscou para pressionar pela retirada das tropas russas [da Ucrânia] e não forneça armas à Rússia agressora”, disse Scholz ao governo em Pequim há alguns dias.
De fato, as preocupações americanas até agora não se basearam em nenhum fato público disponível, explica Anna Marti, chefe do escritório de Taipei da Fundação Friedrich Naumann para Liberdade.