As variações de cores são atribuídas ao campo magnético do planeta, diz estudo publicado na Nature Astronomy
As faixas coloridas que caracterizam a superfície de Júpiter sofrem alterações cromáticas ao longo dos anos. Talvez os astrônomos tenham descoberto do que isso depende.
Um pequeno telescópio é suficiente para observar, apontando para Júpiter, a alternância de faixas claras e escuras que correm paralelas ao equador do planeta. Essas faixas são o resultado da presença de nuvens de amônia que são mantidas juntas por poderosas correntes em alta altitude: as faixas escuras, chamadas de “bandas”, alternam com faixas mais claras, chamadas de “zonas”.
A diferença de cor ainda não está bem explicada, mas parece ser devida à transformação de amônia de gás para gelo. Em qualquer caso, dentro de cada faixa individual são observadas variações de cor, especialmente no infravermelho e a cerca de 50 quilômetros de profundidade, que têm longos ciclos, mesmo de vários anos. Até agora, essa variação cromática tem aguardado uma explicação que pode ter vindo de observações da missão Juno da Nasa, registrou a Agência Sputnik.
Um grupo de pesquisadores da Universidade de Leeds, Reino Unido, argumenta que as variações de cores são atribuídos ao campo magnético do planeta, como explicado em um artigo publicado na Nature Astronomy.
“Se você olhar atentamente para as listras claras e escuras ao longo do tempo, você pode ver as nuvens se movendo em grande velocidade, carregadas por ventos orientais e ocidentais incrivelmente fortes. Perto do equador o vento sopra para o leste, mas quando subimos ou descemos um pouco de latitude, o vento sopra para o oeste. Se formos ainda mais longe, ele sopra novamente para o leste […] A cada quatro ou cinco anos dentro de cada faixa as cores mudam e às vezes você vê convulsões globais”, explicou coator da pesquisa Chris Jones.