O atual comandante da corporação, Klepter Gonçalves, era o subcomandante no dia da invasão aos prédios dos três Poderes
Por Misto Brasília – DF
Nem mesmo o atual comandante da Polícia Militar, coronel Klepter Rosa Gonçalves, informou o número do efetivo empregado para conter os manifestantes no dia 8 de janeiro. Ele apenas disse que havia efetivo suficiente ao ser questionado na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa.
O Misto Brasília transmitiu ao vivo o depoimento – confira na homepage do site
O militar depôs hoje (15) por quase três três horas como testemunha. Ele veio acompanhado apenas de um oficial e dispensou a presença de advogado.
No dia dos atos violentos, Klepter era o sub-comandante-geral da corporação e se comunicava diretamente com o chefe do Departamento de Operações (DOP), o coronel Paulo José Ferreira
No depoimento, o coronel disse que foi informado sobre o efetivo pelo Departamento de Operações. Em todos os depoimentos coletados até agora pela CPI, nenhum militar da Polícia Militar conseguiu precisar o número de agentes que não conseguiu conter a manifestação violenta.
A falta de pessoal facilitou a invasão dos prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal. No Palácio do Planalto e no Congresso também não havia efetivo suficiente para conter os bolsonaristas.
“Perguntei a respeito do efetivo, se era suficiente, e ele [coronel Paulo José] disse que, diante das informações que tinham, era suficiente. Não havia consenso entre os manifestantes se desceriam ou não para a Esplanada”.
“Então, falei para ele [Paulo José] que ele tinha todas as tropas à disposição e que ele não precisava mais pedir autorização para mim”.
O coronel Klepter afirmou que o planejamento para o dia 8 de janeiro foram feitos pelo DOP, sob responsabilidade do coronel Paulo José. O oficial apresentou atestado médico e não compareceu à CPI no dia 2 de junho.