Chefe do grupo Wagner postou um vídeo de si mesmo em Rostov-on-Don, no quartel-general russo
Por Misto Brasília – DF
O chefe do grupo mercenário russo Wagner, que declarou insurreição armada contra o Ministério da Defesa russo, Yevgeny Prigozhin, confirmou neste sábado (24) que ele e suas tropas alcançaram uma importante cidade russa após cruzarem a fronteira da Ucrânia. Atualizado às 10h54
Ele postou um vídeo de si mesmo em Rostov-on-Don, capital da região de Rostov, no quartel-general russo que supervisiona os combates na Ucrânia e afirmou que suas forças tinham instalações militares na cidade sob seu controle, incluindo o campo de aviação.
Outros vídeos postados nas mídias sociais mostraram veículos militares, incluindo tanques, nas ruas, divulgou a agência alemã DW.
Os serviços de segurança da Rússia responderam à declaração de rebelião armada de Prigozhin, pedindo a prisão dele. Em um sinal de como o Kremlin levou a ameaça a sério, a segurança foi reforçada em Moscou e em Rostov-on-Don. Não ficou claro de imediato como ele conseguiu entrar na cidade do sul da Rússia e quantas tropas ele tinha com ele.
A mídia informou que o presidente russo, Vladimir Putin, prometeu neste sábado esmagar o que chamou de motim armado, depois que o chefe mercenário rebelde Yevgeny Prigozhin disse que assumiu o controle de uma cidade do sul da Rússia, como parte de uma tentativa de destituir a liderança militar.
Rostov – Wagner mercenaries patrolling the streets. pic.twitter.com/mbd4K4GXtI
— WarTranslated (Dmitri) (@wartranslated) June 24, 2023
A reviravolta dramática, com muitos detalhes obscuros, parece ser a maior crise doméstica que Putin enfrenta desde que ordenou uma invasão em grande escala da Ucrânia – que ele chamou de “operação militar especial”.
Num longo discurso divulgado pelas agências estatais, Putin garante que a revolta será esmagada.
“Todos aqueles que deliberadamente tomaram o caminho da traição, que prepararam uma insurreição armada, que tomaram o caminho da chantagem e dos métodos terroristas, sofrerão a punição inevitável, responderão tanto perante a lei quanto perante o nosso povo”.