Bolsonaro não pode concorrer nas eleições por oito anos

Bolsonaro chora Misto Brasília
Bolsonaro alterou o registro de imunização no cartão de vacinação/Arquivo/Reprodução TV Brasil
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Com o voto da ministra Cármen Lúcia, formou-se maioria entre os sete ministros do Tribunal Superior Eleitoral

Por Misto Brasília – DF

O ex-presidente Jair Bolsonaro tornou-se inelegível por oito anos. O voto da ministra Cármem Lúcia obteve a maioria em decisão anunciada logo no início da sessão de hoje (30), após o meio dia. Texto em atualização.  Última atualização às 14h40

O julgamento terminou há pouco com o voto do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, que acompanhou o voto do relator. No final, foram cinco votos a favor e dois contra a condenação por abuso de poder econômico e uso indevido de veículos oficiais na convocação de embaixadores em palácio.

Bolsonaro disse que o sistema eleitoral não era confiável, mas não apresentou provas.

A ministra abriu seu voto dizendo que acompanha os argumentos do corregedor-eleitoral Benedito Gonçalves, relator do processo movido pelo PDT, e considerou que o discurso de Bolsonaro enquanto chefe do Executivo, baseado em críticas às urnas eletrônicas e autopromoção da sua gestão, fez parte de uma estratégia eleitoral, desvirtuando qualquer institucionalidade do encontro.

“O encontro foi organizado por um grupo pequeno ligado ao presidente da república com o propósito de apresentar seu monólogo, em que teve a autopromoção que é comprovada pelas transcrições”.

“Há referências de desqualificação de Luiz Inácio Lula da Silva, principal adversário. Houve agravos contundentes ao poder Judiciário, aos ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes, de uma forma extremamente grave e contundente”.

Com este voto, Bolsonaro não poderá concorrer, já que há maioria de ministros nesta direção. Devem votar ainda nesta sexta-feira mais três ministros. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possui sete ministros.

Além do relator Benedito Gonçalves, os ministros Floriano Marques, Cármem Lúcia, Alexandre de Moraes e André Ramos votaram pela inelegibilidade. O ministro Raul Araújo abriu divergência. Também votou com ele, o ministro Nunes Marques, mas ambos disseram que o discurso de Bolsonaro aos embaixadores foi um exagero. Para eles, a reunião não teve impacto na opinião pública.

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