Ministro do Supremo Tribunal Federal recebeu críticas até do presidente do Congresso. Senador estudar entrar com impeachment contra Barroso
Por Misto Brasília – DF
O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, considerou inoportuna a fala do ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Barroso. Durante um discurso feito no congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), afirmou que “derrotamos o bolsonarismo e seus aliados”.
O discurso político que viralizou nas redes sociais, e repercutiu negativamente, inclusive no Poder Judiciário. A declaração foi em tom de discurso de um palanque político e foi dito ao lado do ministro da Justiça e Segurança, Flávio Dino.
“Nós derrotamos a censura, derrotamos a tortura, derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”.
Nesta tarde, o ministro divulgou uma nota em que afirma que se referia ao extremismo golpista.
O senador Esperidião Amin usou as redes sociais para criticar a declaração do ministro.
“O ministro Barroso ofende sua própria biografia e as instituições em que serve: STF e o TSE, que presidiu até o ano passado. Pior do que a declaração do ministro Barroso, é a justificativa institucional do STF. O que vamos fazer? Vamos procurar salvar a lei e as instituições”.
“Leio que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pediu a retratação do ministro Barroso. Isso não está previsto em lei. A lei prevê outra coisa: o impeachment”.
Nota desta tarde do ministro Barroso
Na data de ontem, em Congresso da União Nacional dos Estudantes, utilizei a expressão “Derrotamos o Bolsonarismo”, quando na verdade me referia ao extremismo golpista e violento que se manifestou no 8 de janeiro e que corresponde a uma minoria. Jamais pretendi ofender os 58 milhões de eleitores do ex-Presidente nem criticar uma visão de mundo conservadora e democrática, que é perfeitamente legítima. Tenho o maior respeito por todos os eleitores e por todos os políticos democratas, sejam eles conservadores, liberais ou progressistas.