O governo brasileiro em relação à guerra da Ucrânia adere ao posicionamento de não enviar armas às partes envolvidas
Por Misto Brasília – DF
O posicionamento do Brasil sobre a necessidade de discutir formas de solução pacífica na Ucrânia suscita grande interesse no mundo, com vários países prontos para se unir a estes esforços, disse em entrevista à Sputnik o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira.
Anteriormente, o presidente Lula da Silva propôs criar um formato semelhante ao do G20 para discutir a situação na Ucrânia.
“O presidente Lula, em todas as suas declarações públicas e em contatos privados com chefes de Estado e de governo, defendeu a necessidade urgente de discutir formas de construir a paz. Esta posição tem suscitado grande interesse”, disse Vieira, comentando a proposta do presidente do Brasil de criar um grupo de países não envolvidos no conflito na Ucrânia para promover a paz.
De acordo com ele, o número de países dispostos a aderir a esses esforços está crescendo.
“Vários países estão dispostos a aderir a este esforço, e um exemplo é a anunciada iniciativa africana para o diálogo com as partes em conflito. Vai levar tempo, mas é isso que levará à paz que buscamos”, disse o ministro.
De acordo com o diplomata, o governo brasileiro em relação ao conflito ucraniano adere ao posicionamento reiteradamente expresso pelo presidente do país – de não enviar armas às partes envolvidas.
O presidente do Brasil tem declarado que os Estados Unidos e a Europa deveriam começar a falar em alcançar um acordo na Ucrânia, e não em encorajar o conflito.
Ele apelou aos países não envolvidos no conflito na Ucrânia que assumissem a responsabilidade pelo avanço das negociações de solução, bem como que fornecessem à Rússia “condições mínimas” para acabar com o conflito.