Europeus disseram no sábado que vão tirar o apoio financeiro ao país, assim como os Estados Unidos
Por Misto Brasília – DF
A União Europeia (UE) informou neste sábado (29) que não reconhecerá o governo instaurado no Níger após o golpe de Estado perpetrado pelos militares no país da África Ocidental.
Milhares de pessoas foram às ruas neste domingo (30) com bandeiras russas e contra a estrutura colonial francesa. Vários milhares estão nas ruas exigindo o fechamento de todas as bases estrangeiras no país.
Os manifestantes também apoiaram o Conselho Nacional para a Proteção da Pátria, formado pelos golpistas, segundo informou a Equipe Spriter.
O bloco europeu, assim com os Estados Unidos e outros países, exigem a libertação incondicional do presidente democraticamente eleito, Mohamed Bazoum, e a restauração da ordem, informou a DW.
Na última quarta-feira, soldados da Guarda Presidencial tomaram a sede do governo na capital, Niamey, e prenderam Bazoum, que estava no poder desde 2021. Ele está detido em sua residência oficial.
O general Abdourahamane Tchiani, que liderava a Guarda Presidencial desde 2011, se autodeclarou o novo chefe de Estado do país em pronunciamento em rede nacional, nesta sexta-feira.
Footage from the protests in Niger, where thousands of people with Russian flags protest against the dominance of the French colonial structures. pic.twitter.com/o5ElaKeyTn
— S p r i n t e r F a c t o r y (@Sprinterfactory) July 30, 2023
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou neste sábado que a tomada de poder no Níger ameaça o apoio econômico dos Estados Unidos ao país africano, e pediu a “imediata restauração da democracia e da ordem”.
Na quarta-feira, um dos líderes do golpe, o coronel Amadou Abdramane, afirmou em comunicado transmitido pela televisão que as forças de defesa e segurança decidiram “pôr fim ao regime devido à deterioração da situação de segurança e à má governança”.