Mauro Cid fica novamente em silêncio na CPI dos Atos Antidemocráticos

Tenente-coronal Mauro Cid CPI dos Atos Antidemocráticos Misto Brasília
Tenente-coronel Mauro Cid durante convocação da CPI da Câmara Legislativa/Arquivo/Divulgação CLDF
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Ele foi convocado para prestar esclarecimentos, mas preferiu ficar calado, como aconteceu no CPMI de 8 de janeiro

Por Misto Brasília – DF

No depoimento de hoje (23) na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, o tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid voltou a ficar calado. Foi a mesma decisão que tomou na CPMI de 8 de janeiro do Congresso Nacional

Ele foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em pronunciamento realizado logo no início do depoimento, Mauro Cid declarou que usa o direito constitucional de permanecer em silêncio. A CPI que terminaria em setembro, foi prorrogada por mais 90 dias.

Os deputados distritais que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovaram, nesta quinta-feira (24), a convocação do hacker Walter Delgatti Neto.

Conhecido como Hacker da Vaza Jato, Delgatti é suspeito de invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir falsos documentos e alvarás de soltura no Banco Nacional de Mandados de Prisão.

O hacker também responde a processo por ter invadido os telefones celulares do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e hoje senador Sergio Moro (União Brasil – PR), acessando e divulgando as conversas de Moro com outras autoridades, como o ex-coordenador da força-tarefa Lava Jato e ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR).

Os deputados distritais também aprovaram dois requerimentos de informação. Um deles pede informações ao Comando Militar do Planalto, unidade responsável pela segurança da área onde fica o Quartel-General do Exército, em Brasília.

Parte dos vândalos e golpistas que invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) em 8 de janeiro deste ano permaneceram acampados diante do quartel por meses, informou a Agência Brasília.

Em depoimento à própria CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal, o ex-chefe do Comando Militar do Planalto, general Gustavo Henrique Dutra, já disse que nenhuma instituição pública responsável tomou qualquer medida contra o acampamento antes do 8 de janeiro.

E que, no dia do ataque aos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), convenceu o presidente Lula da Silva e seus principais assessores a não autorizarem que os extremistas fossem detidos no mesmo dia, evitando um possível confronto.

O segundo requerimento aprovado requer ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que forneça todas as informações disponíveis relativas aos atos de vandalismo de 8 de janeiro, esclarecendo quais medidas de segurança foram adotadas a fim de evitar a invasão do Palácio do Planalto.

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