Cafeicultura no Distrito Federal mostra força e qualidade

Feira do café Brasília DF Misto BRasília
Feira do café no Casa Park que termna neste domingo/Reprodução vídeo
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Produtores e vendedores de café da capital mostraram seus produtos durante a Coffer Brasília

Por Misto Brasília – DF

O Brasil é um grande produtor de café desde a época do Império. A novidade é que o Distrito Federal também aparece ao lado dos grandes produtores. O que define o café brasiliense é a sua qualidade.

Proprietários rurais e empreendedores apostam no mercado com qualidade e novas tecnologias. O Coffer Brasilia foi uma ótima vitrine desse mercado cada vez mais aquecido que movimenta uma grande cadeia produtiva e gera centenas de empregos.

O evento com o apoio do Sebrae reuniu 40 expositores, entre quinta-feira e este domingo (7 a 10), que mostraram também outros produtos como salame, queijo e até manteira com oito tipos de misturas. Veja os vídeos com os depoimentos.

No Distrito Federal, o volume  de produção do café cresceu 11% em 2022. Ao total foram produzidas mais de mil toneladas do grão na região, que tem características favoráveis à produção.

Segundo o engenheiro-agrônomo e extensionista rural da Emater-DF Bruno Caetano, os cafés da espécie arábica preferem maiores altitudes, com temperaturas mais amenas, condições que são encontradas no Cerrado brasiliense, em especial na região do Lago Oeste.

A região do Lago Oeste concentra produtores de cafés bem conceituados. Os cafés B17 do produtor José Adorno e o café Serra Azul, são exemplos.

Além do premiado café Minelis, do produtor rural Carlos Coutinho, que recebeu em 2013 e 2014 o prêmio Ernesto Illy de Qualidade Sustentável do Café Expresso como melhor café da região Centro-Oeste.

Em 2019, o produto recebeu o Ernesto Illy de campeão nacional. Grande parte da produção de Coutinho vai para exportação e outra é vendida em grãos para cafeterias locais.

A cafeicultura no DF se concentra em 11 áreas rurais. A cultura se destaca na área do Programa de Assentamento Dirigido (PAD-DF), que contabiliza 120 hectares plantados, seguido por Tabatinga, com 63 hectares, e pelo Gama, com 57,25. O maior número de produtores está em São Sebastião e Paranoá, que contam com 16 cafeicultores cada, de acordo com a Emater-DF.

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA), informou que a cafeicultura na capital federal ganha cada vez mais espaço e é caracterizada pela alta qualidade dos grãos. O cultivo é feito por irrigação, garantindo a quantidade ideal de água para a produção.

“No DF, a altitude de mais de mil metros em áreas de plantio e o clima da região, com períodos definidos de chuva e de seca, além da baixa umidade, favorecem a floração”, explica o técnico da Emater-DF Carlos Morais.

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