Em 2022, o recorde até então de 360 mil pessoas arriscaram suas vidas cruzando a selva de Darién
Por Misto Brasília – DF
O Panamá se tornou o epicentro de uma crise humanitária e, com medidas como o aumento das deportações, está tentando lidar com o crescente fluxo de migrantes que cruzam o país rumo aos Estados Unidos e ao Canadá.
O governo panamenho se sente sobrecarregado. E, de fato, os números são alarmantes. Em 2022, o recorde até então de 250 mil pessoas arriscaram suas vidas cruzando a selva de Darién, que faz fronteira com a Colômbia.
A três meses do fim do ano, porém, em 2023 esse número já foi superado em muito: 360 mil pessoas fizeram a perigosa travessia, de acordo com Margarida Loureiro, do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) no Panamá.
As causas para este aumento são diversas. Muitos dos fatores que induzem a migração “foram exacerbados pelos impactos socioeconômicos da pandemia de Covid-19, recentes eventos climáticos extremos ou instabilidade política nos países de origem”, explica à DW Giuseppe Loprete, chefe do Centro (Global) Administrativo e da Missão da Organização Internacional para as Migrações (OIM) no Panamá.
De acordo com Loprete, a maioria dos migrantes vem da Venezuela, do Equador, do Haiti, e da Colômbia, mas também de fora da América Latina, como de China, Índia e Camarões”, informou a Agência DW.