Aberta consulta pública sobre tombamento e quilombos

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Comunidades quilombolas, como esta de Tocantins, precisam de atenção na pandemia/Arquivo/TO
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Apenas um quilombo é atualmente tombado pelo Iphan.  Há 494 territórios quilombolas oficialmente delimitados no país

Por Misto Brasília – DF

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) definiu como prioridade acelerar o tombamento de quilombos no Brasil, e colocou em consulta pública uma proposta de portaria nesse sentido.

O objetivo é aproveitar que o tombamento de quilombos está previsto na Constituição para agilizar os processos.

Apenas um quilombo é atualmente tombado pelo Iphan, o Quilombo do Ambrósio, em Ibiá, Minas Gerais, reconhecido por sua condição de sítio arqueológico.

Além dele, o Quilombo dos Palmares, em União dos Palmares, Alagoas, também conta com a proteção – mas porque, localizado na Serra da Barriga, está protegido como patrimônio natural.

Segundo o mais recente censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 494 territórios quilombolas oficialmente delimitados no país, onde vivem 167 mil pessoas.

O mesmo levantamento mostrou, entretanto, que 1,3 milhões de brasileiros se identificam como quilombolas. Questionado pela Agência DW, o Iphan informou que há 17 processos de tombamento de quilombos abertos, tramitando na instituição.

Em linhas gerais, a proposta deve agilizar os processos de tombamento ao trazer a questão para o âmbito da Constituição, em vez de basear-se exclusivamente na legislação que rege a proteção do patrimônio histórico, datada de 1937. Com isso, o trâmite seria praticamente automático.

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