O Hamas culpou as forças armadas de Israel, que por sua vez culpou os militantes palestinos que iniciaram a guerra há poito dias
Por Misto Brasília – DF
Teme-se que centenas de pessoas tenham morrido após uma enorme explosão num hospital na cidade de Gaza, onde palestinos feridos na guerra Israel-Hamas estavam sendo tratados, enquanto outros procuravam segurança após dias de ataques aéreos israelenses, segundo informou a BBC News.
As autoridades lideradas pelo Hamas em Gaza afirmam que 500 pessoas morreram na explosão no hospital Al Ahli. O Hamas culpou Israel, que por sua vez culpou os militantes palestinos (que também se esquivaram da culpa)
A BBC conversou com um médico não identificado que trabalhava no hospital – que é financiado pela Igreja Anglicana – quando ocorreu a explosão, e que disse que houve devastação total e que centenas de pessoas foram mortas ou feridas.
O Hamas disse que a culpa foi de um ataque aéreo israelense ao hospital, descrevendo-o como um “crime de guerra”, enquanto Israel negou o envolvimento de seus militares e disse que a explosão foi causada por foguetes disparados pela Jihad Islâmica Palestina.
This is probably how the Gaza Hospital was bombed:
Surveillance camera footage from Netiv Haasara shows a large barrage of rockets being launched from northern Gaza, followed by a massive blast in the Gaza Strip, apparently caused by a failed projectile. pic.twitter.com/jauKjYtMj7
— A California Jabberwocky (@academicviews) October 17, 2023
A Jihad Islâmica, o segundo maior grupo militante na Faixa de Gaza, negou responsabilidade
O incidente ocorreu pouco depois de a ONU afirmar que uma escola que abrigava milhares de pessoas no centro de Gaza também foi atingida, matando pelo menos seis pessoas.
Também houve protestos na cidade ocupada de Ramallah, na Cisjordânia, na noite de terça-feira, com manifestantes que se opunham ao presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, entrando em confronto com as forças de segurança que responderam disparando gás lacrimogêneo.
O dia dramático de acontecimentos antecede a visita do presidente dos EUA, Joe Biden, ao Oriente Médio, na quarta-feira, que incluirá uma viagem a Israel.