O estudo foi feito em 20 propriedades associadas a uma coopertativa na região do Cerrado mineiro
Por Misto Brasil – DF
O Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) publicou um estudo sobre emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), realizado em fazendas de café da Região do Cerrado mineiro.
O resultado foi que houve um valor de emissões negativo, de -0,2 tonelada de dióxido de carbono, equivalente a um por hectare ao ano.
O instituto avaliou 20 propriedades associadas à Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocacer), por meio dos serviços da plataforma de serviço Carbon On Track.
Este fenômeno acontece quando o sequestro do carbono oriundo do solo e das plantas é maior que as emissões. Ao analisar as estimativas de emissão de GEE das fazendas, o Imaflora chegou ao valor absoluto de 15.400 tCO2e.ano-1, valor considerado baixo.
Segundo informou a asessoria do Imaflora, o uso de adubos orgânicos (cama de frango, esterco bovino, etc.) e resíduos vegetais (provenientes das podas, cascas de cafés, palha e gramíneas) utilizados nas fazendas analisadas foi um fator positivo para a mitigação dos gases de efeito estufa em detrimento da adição de nitrogênio químico.
A adição desses insumos também pode aumentar a quantidade de carbono estocado e melhorar a qualidade do solo, que a médio e longo prazo incrementam a ciclagem de nutrientes, porosidade e retenção de água no solo.
“O balanço de carbono feito em parceria com o Imaflora comprova o trabalho sustentável que nossos cooperados têm feito há mais de 10 anos. Seguimos juntos, rumo a uma cafeicultura cada vez mais sustentável e de baixas emissões”, disse a gerente Técnica em Sustentabilidade da Expocaccer, Farlla Gomes.
As fazendas cooperadas à Expocaccer que participaram deste projeto localizam-se na Região do Cerrado Mineiro, Minas Gerais. A área média de produção de café destas fazendas é de 192,4 ha, variando de 40 a 371 ha com áreas bem adensadas, com uma média de estande de 4.370 plantas ha-1.