A venda foi realizada por R$ 8 bilhões ao fundo Mubadala Capital, da empresa da família real dos Emirados Árabes Unidos
Por Misto Brasil – DF
Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) divulgada ontem (04) apontou fragilidades na venda de uma refinaria da Petrobras na Bahia, em novembro de 2021.
A venda foi realizada por US$ 1,65 bilhão (cerca de R$ 8 bilhões) ao fundo Mubadala Capital, da empresa de investimentos pertencente à família real dos Emirados Árabes Unidos.
Nomeada originalmente de Landulpho Alves (Rlam) e rebatizada de Mataripe, a refinaria fica na cidade de São Francisco do Conde (BA).
De acordo com o relatório, foi vendida abaixo do preço de mercado pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, decorrente principalmente pelo negócio ter sido feito em plena pandemia da Covid-19, quando a cotação internacional do petróleo estava em baixa.
O órgão de controle argumenta que a Petrobras poderia ter esperado a recuperação do petróleo no mercado internacional.
A venda, ressalta a CGU, ocorreu em um cenário de “tempestade perfeita” para vender a preços abaixo do mercado, como incerteza econômica e volatilidade, expectativas pessimistas para a economia.
A auditoria destaca a falta de “medição de probabilidade realista em eventos futuros” e a aplicação de metodologias não utilizadas até então para a venda de estatais brasileiras.